O presidente do BC, Roberto Campos Neto, está fazendo a sua lição de casa. Já mexeu nos juros do cheque especial, colocou a Selic a um patamar historicamente baixo, anunciou uma plataforma de pagamentos instantâneos inovadora e, agora, reduz a alíquota do compulsório sobre os depósitos a prazo de 31% para 25%.
É uma injeção de liquidez no sistema. Serão liberados R$ 49 bilhões com a redução do compulsório e mais R$ 86 bilhões com a mudança de outra regra de como os bancos devem garantir suas operações. E tudo isso, segundo o BC, usando as melhores práticas internacionais, sem comprometer a segurança do sistema.
Se a equipe econômica está sendo criticada pela morosidade das privatizações e reformas, pela falta de articulação com o Congresso e pelas declarações desastradas, o Banco Central tem se destacado por cumprir uma agenda estruturante e moderna.